segunda-feira, 11 de junho de 2007

Dor

Sinto uma dor extrema
Quase um edema
cerebral.
Uma dor constante,maligna,quase digna
de suicídio.
Quando ouço aquela voz por detrás da porta,
a voz de uma morta,
antes do dia nascer,
sinto meu cérebro arder na ferida doce de não crer em nada e nem sequer existir.
A sombra louca de um fantasma surge na palma da minha mão
Num preto e branco sujo.
Eu me escondo e fujo sem olhar pra trás,vendo a eternidade babar de desejo.
Sou cúmplice da desgraça que escondo,embora nutra esperanças inconfessáveis.
Sinto um último suspiro, no recôndito do peito e já não sou pele, nem sangue,
uma carne vendida e prestes a deixar uma marca no chão.

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