Sê o todo,tal qual o universo e seus meandros
E em cada fresta,um fio de luz,iluminando segredos
E em cada dúvida,a suave tranquilidade de navegar sublime por sobre as nuvens.
Sê assim,lago calmo,alma translúcida,abraço terno,beijo cálido,ilha segura e onírica.
Assim,em cada passo da longa caminhada, sê pássaro altivo, voando absoluto,imperioso,olhos atentos e asas abertas.
Em teu abraço, vivo
Em teus lábios dormem os meus
E em teu colo me construo
Me desfaço
Me reinvento
E, sendo ainda mais eu que antes,desfilo,impoluto,sem soçobros,coberto de brisa e indissoluto.
E ao te lembrar, no espelho,abraçados,indeléveis,suspiro abertamente,sem elocubrações,apenas a marca eterna de tudo que foi inferido e realizado.
E teu sorriso, desarmado e belo,inunda tudo de felicidade.
Como um límpido desaguar, rio caudaloso de infinitas embarcações,somos vento e vela e cais e porto e nave legítima descobrindo lugares inabitados.
Me dê a mão,sussurre ao meu ouvido,olhe para o horizonte,sinta toda a eternidade que flutua esparsa por entre as cores vívidas de nossas almas.
Enquanto isso,no alto da montanha,um senhor sorri e levanta as mãos e prescreve algumas notas,bate palmas e enlouquece
Aqui embaixo teu corpo está junto ao meu,sangue translúcido e quente correndo nas veias,a respiração,o bater ritmado do coração,a pele macia,o frêmito repentino de um trovão interno
que aturde tudo ao redor.
Te olho e te beijo,entregue e infinito.
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