quinta-feira, 1 de maio de 2025

POR QUE EU QUERO FODER RONALD REAGAN

 

(J.G. Ballard, 1967 )


Durante essas fantasias de assassinato


Ronald Reagan e o desastre automobilístico conceitual. Numerosos estudos foram conduzidos com pacientes em paralisia terminal (P.G.T.), colocando Reagan em uma série de simulações de acidentes de carro, como engavetamentos múltiplos, colisões frontais, ataques a comboios presidenciais (fantasias de assassinato presidencial permaneciam uma preocupação contínua; os sujeitos mostravam uma fixação polimórfica marcada por para-brisas e porta-malas traseiros).


Fantasias eróticas intensas, de caráter anal-sádico, cercavam a imagem do candidato presidencial. Os sujeitos deviam construir a vítima ideal de desastre automobilístico, colando a cabeça de Reagan em fotografias não retocadas de vítimas de acidentes fatais. Em 82% dos casos, foram escolhidas colisões traseiras massivas, com preferência por matéria fecal exposta e hemorragias retais.


Outros testes definiram o ano-modelo ideal. Indicam que um intervalo de três anos com vítimas infantis gera o maior índice de excitação na audiência (confirmado por estudos de fabricantes sobre o desastre automobilístico ideal). Espera-se construir um “módulo retal” de Reagan e o desastre automobilístico de máxima excitação para o público.

Disfunções sexuais específicas associadas à imagem de Reagan


Em 89% dos sujeitos masculinos, houve inversão dos estímulos sexuais normais. Durante a exposição a imagens de Reagan sorrindo, ou em conferências de imprensa, os sujeitos apresentaram distorções eróticas envolvendo ampliação peniana, penetração pelo umbigo, e estimulação através de sistemas hidráulicos simulando mecanismos de um automóvel.


Os sujeitos femininos revelaram preferência marcante por estupro anal consensual em ambientes como auditórios de escolas públicas, estandes da General Motors ou salas de imprensa da Casa Branca.


Autoerotismo com Reagan foi relatado com frequência, muitas vezes envolvendo miniaturas de carros acidentados, pornografia médica, e fantasias de sexo com robôs governamentais.



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A estrutura de poder como aparato genital


É evidente que o apelo sexual de Reagan reside não em seu corpo ou rosto, mas na maneira como ele condensa estruturas de autoridade, guerra, economia e entretenimento em um único órgão de comando.


As fantasias dos sujeitos — especialmente os que se identificavam como apolíticos — demonstravam um desejo profundo de ser penetrado, violado ou desintegrado por essa figura simbólica.


Na maioria dos testes, o ponto de maior excitação acontecia durante a evocação de cenários em que Reagan colidia contra um outdoor com a imagem de si mesmo e morria em um espetáculo erótico público, transmitido pela televisão nacional.



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Conclusão

Os resultados destes experimentos confirmam que Ronald Reagan deveria ser tratado não como político, mas como um fenômeno sexualmente manipulador, uma entidade fálica gerada pela mídia com capacidade de reconfigurar os desejos inconscientes da população.


Sua eleição não representa uma escolha política, mas a consumação de um orgasmo nacional.

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