Comum
Uma estrela caindo num ângulo improvável
manchando o céu
rasgando o horizonte
cortando a alma horripilantemente
num acesso de fúria repentina e cruel...
O caos
sua sombra projetada
e mil delírios de cores
esmagadas pelos poros
mutiladas e apáticas esperando o recomeço.
E eu, nada além de destroços
amordaçado pelo tempo
pelas inúteis paisagens de amores
a saudade escassa
a metamorfose eterna...
Eu, ruído fosco do Destino
pálido sereno no amanhecer sutil
espero consentir
e ter ao menos um segundo de deleite
quando tudo acabar, quando a mente ruir
e as idéias se esparramarem pelo solo
incandescentes...
Luciano Pires
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