Eu não espero a morte
de qualquer amor
Não vejo a dor dos dias passados
nem teu signo na revista
nem a música no rádio
eu quero é a sorte
de morrer sorrindo
sentindo pouco medo
numa morte lenta
sobre os destroços do tempo
Eu não suporto
a sede estática
o calor perfeito
os desvios dos teus olhos
fitando o nada profundo
de dentro de mim.
Não vejo nada além
porém vejo tudo assim
tão perto e íntimo
colado na pele
que quase sufoca.
Aquele por do Sol enraizado
na retina
Aquela paz no rosto, sorriso sincero
o assovio disfarçado do Destino
disfarçando o sentido
quase bêbado de amor...
Eu não espero nada.
Luciano Pires
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