cheia de nós atemporais
recheada de clichés e assonâncias
Onde os olhos cansados e vazios repousem
e se sintam em casa.
Uma poesia sintética
aveludada e pouco alcoólica,
que reverencie um (a)deus.
Uma morte e mil sentidos.
Uma poesia que corroa por dentro,
que exploda na cara,
que jogue fumaça, cuspe e ferrugem
e silencie por mais de um segundo o barulho ensurdecedor da vida.
Uma poesia claustrofóbica,
ensanguentada e cruel.
Que se esconda atrás da porta e te mate de susto.
Uma poesia sutil e descabelada
que vire um copo de cachaça de uma só vez e arrote na cara do destino.
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