Ela previu que naquele exato segundo haveria uma suave intenção que destilaria, por cada centímetro do quarto, um sentimento frio de desilusão.
Respirou fundo e caminhou distraidamente em direção à ele, baixou os olhos e assoviou calmamente uma canção dos Stones...retirou do bolso um punhado de sentimentos ,
disparou acidentalmente meia dúzia deles no rosto estúpido daquele estranho...moveu os lábios entoando um mantra ...o beijou no rosto...calmamente enterrou o punhal em seu estômago...
girou lá dentro em um ritmo acelerado, quando ele desmaiou frio no carpete encardido da sala ela beijou sua testa...levantou calmamente e continuou a assoviar Stones...caminhou em passos flutuantes
para fora da sala...abriu suas asas e sumiu na noite escura...ainda se ouvia o assovio...e seu rosto cintilando na retina...
domingo, 20 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Para alguém
Eu olhei distraidamente para tua alma
Uma alma antiga ,incrustrada em olhos vivos
e daí por diante teu medo, sei lá de que, derramou-se por sobre a mesa
e eu ouvia a música, sem notar que eu poderia ter vivido algo
Eu poderia, mesmo sem controlar nada,sem criar vínculos
Sem satisfazer meu ego ou qualquer outro tipo de vaidade inescrupulosa, ter sentido o hálito frio do destino...
Mas a saudade é curta, a sensação morna dos lábios ásperos da calma me iludem
e te olhei mais uma vez
Não sabia onde por as mãos,nem meus sonhos, e nem o troco em moedas que a vida me dava...
Puxei a cadeira, me sentei de frente pra você...
Te olhei nos olhos...te vi bem de perto e ali me vi...prepotente, arguto, audacioso...
adormeci calmamente no colo suave do Tempo
Te desejei e me possuí
te farejei e senti o odor dos meus pensamentos...
ali sepultei todos os conselhos...
e esqueci os dias
Olhei pra tua alma...
Sorri
Uma alma antiga ,incrustrada em olhos vivos
e daí por diante teu medo, sei lá de que, derramou-se por sobre a mesa
e eu ouvia a música, sem notar que eu poderia ter vivido algo
Eu poderia, mesmo sem controlar nada,sem criar vínculos
Sem satisfazer meu ego ou qualquer outro tipo de vaidade inescrupulosa, ter sentido o hálito frio do destino...
Mas a saudade é curta, a sensação morna dos lábios ásperos da calma me iludem
e te olhei mais uma vez
Não sabia onde por as mãos,nem meus sonhos, e nem o troco em moedas que a vida me dava...
Puxei a cadeira, me sentei de frente pra você...
Te olhei nos olhos...te vi bem de perto e ali me vi...prepotente, arguto, audacioso...
adormeci calmamente no colo suave do Tempo
Te desejei e me possuí
te farejei e senti o odor dos meus pensamentos...
ali sepultei todos os conselhos...
e esqueci os dias
Olhei pra tua alma...
Sorri
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Noite
Em questão de segundos ela se aproveitou da distração, moveu-se lentamente para perto dos seus sonhos, roubou meia dúzia deles e fugiu sorrateiramente pela porta dos fundos...levando consigo um punhado de moedas e um maço de cigarro...
_ Espere, me devolve somente aquele, é dele que me sustento e por ele que até hoje sem sinto um pouco menos louco...
_Todos esses sonhos são meus, não te roubei nada...
_Pelo menos me devolve um cigarro e duas moedas pra eu tomar uma pinga...
Somente se ouviu um bater de asas silencioso...ela subiu de um modo meio desastrado para o céu..flutuou por alguns segundos e desapareceu.
Ele olhou pra uma poça d'água o reflexo ondulante de sua cara suja...
Andou mais um pouco e deitou na calçada...vomitando o resto de vida que tivera...do alto da noite a música aumentou de volume e cobriu o escuro de notas frias...um vento gelado varreu a noite pra debaixo do tapete do tempo...e nada restou senão a calma leve e suave do desespero...
_ Espere, me devolve somente aquele, é dele que me sustento e por ele que até hoje sem sinto um pouco menos louco...
_Todos esses sonhos são meus, não te roubei nada...
_Pelo menos me devolve um cigarro e duas moedas pra eu tomar uma pinga...
Somente se ouviu um bater de asas silencioso...ela subiu de um modo meio desastrado para o céu..flutuou por alguns segundos e desapareceu.
Ele olhou pra uma poça d'água o reflexo ondulante de sua cara suja...
Andou mais um pouco e deitou na calçada...vomitando o resto de vida que tivera...do alto da noite a música aumentou de volume e cobriu o escuro de notas frias...um vento gelado varreu a noite pra debaixo do tapete do tempo...e nada restou senão a calma leve e suave do desespero...
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