quinta-feira, 27 de maio de 2010
Memória
Há de se ter memória.
Por entre os dentes do destino,
na escória maldizente dos versos, velhos,
prende-se tecidos de nada, bordados com palavras
e sonhos.
Teu sorriso e teu silêncio,mortos.
Sem teu olhar , meu destino é nulo
Um absurdo imóvel,um sono profundo, um estalar de dedos no cérebro.
Há de se ter vida.
Para que a necessidade se atormente,para que o inevitável se acabe.
E , ao longe,todo passo e todo ruído se turvem e se escondam.
Há de se ter dia, por que a noite perdura e me enegrece e meus olhos se apagam
roendo cada segundo de um morno amanhecer.
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