Comum
Uma estrela caindo num ângulo improvável
manchando o céu
rasgando o horizonte
cortando a alma horripilantemente
num acesso de fúria repentina e cruel...
O caos
sua sombra projetada
e mil delírios de cores
esmagadas pelos poros
mutiladas e apáticas esperando o recomeço.
E eu, nada além de destroços
amordaçado pelo tempo
pelas inúteis paisagens de amores
a saudade escassa
a metamorfose eterna...
Eu, ruído fosco do Destino
pálido sereno no amanhecer sutil
espero consentir
e ter ao menos um segundo de deleite
quando tudo acabar, quando a mente ruir
e as idéias se esparramarem pelo solo
incandescentes...
Luciano Pires
domingo, 27 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Nada
Não encontro silêncio...
Onde havia apenas um segundo de pesar
hoje moram mil lágrimas...
Estou sentado olhando o mar
os pensamentos flutuam
nada é certo...
Um suspiro profundo
a música preenchendo o vazio
e o peso de séculos
como se as almas de todos os humanos que viveram por todos esses séculos se acumulassem sobre meus ombros...
os olhos fitam o infinito
não encontro silêncio...
Nínguem me conhece
Nada é igual...
Luciano Pires
Onde havia apenas um segundo de pesar
hoje moram mil lágrimas...
Estou sentado olhando o mar
os pensamentos flutuam
nada é certo...
Um suspiro profundo
a música preenchendo o vazio
e o peso de séculos
como se as almas de todos os humanos que viveram por todos esses séculos se acumulassem sobre meus ombros...
os olhos fitam o infinito
não encontro silêncio...
Nínguem me conhece
Nada é igual...
Luciano Pires
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Espera
Eu não espero a morte
de qualquer amor
Não vejo a dor dos dias passados
nem teu signo na revista
nem a música no rádio
eu quero é a sorte
de morrer sorrindo
sentindo pouco medo
numa morte lenta
sobre os destroços do tempo
Eu não suporto
a sede estática
o calor perfeito
os desvios dos teus olhos
fitando o nada profundo
de dentro de mim.
Não vejo nada além
porém vejo tudo assim
tão perto e íntimo
colado na pele
que quase sufoca.
Aquele por do Sol enraizado
na retina
Aquela paz no rosto, sorriso sincero
o assovio disfarçado do Destino
disfarçando o sentido
quase bêbado de amor...
Eu não espero nada.
Luciano Pires
de qualquer amor
Não vejo a dor dos dias passados
nem teu signo na revista
nem a música no rádio
eu quero é a sorte
de morrer sorrindo
sentindo pouco medo
numa morte lenta
sobre os destroços do tempo
Eu não suporto
a sede estática
o calor perfeito
os desvios dos teus olhos
fitando o nada profundo
de dentro de mim.
Não vejo nada além
porém vejo tudo assim
tão perto e íntimo
colado na pele
que quase sufoca.
Aquele por do Sol enraizado
na retina
Aquela paz no rosto, sorriso sincero
o assovio disfarçado do Destino
disfarçando o sentido
quase bêbado de amor...
Eu não espero nada.
Luciano Pires
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