Ela acordou sonolenta e decidiu viver:
Me acende um cigarro?
Fumou desgraçadamente meia dúzia deles.
Lavou a alma na pia da cozinha,olhou no espelho e se viu calma...
Encarou fixamente os seus próprio olhos e sentiu o silêncio.
Chorou como de costume, soluçou e gritou.
Queimou o rosto com a ponta do cigarro e engoliu a dor suavemente...
Estou sedenta, disse em meio aos soluços...
Se ajoelhou e ergueu as mãos para o céu e uma gota de medo molhou seu rosto imóvel.
Sentou-se na cama
Fechou os olhos
Pensou por um breve momento em tudo
e comoveu-se por um instante.
Nada poderia mudar o futuro.
Sons de mil vozes se alternavam ,e todas murmuravam sagrados mandamentos que se perdiam no ar...
Ela andou dois passos...
O revólver na mão
O cérebro em frangalhos...
o sangue manchando o tempo
Ela acordou sonolenta e decidiu.
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