quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A luz apagou...

Eu atravesso teus olhos como lanças
eu me vigio e me enlaço, e tudo que me resta é sussurrar novamente a velha melodia,
ecoando surdamente pelos túneis escuros de nossas almas.
Um dia a mais no calendário estupefato.
um olhar descrente de decepção
um olhar cálido de afeto descontrolado
me ajoelho e sinto o refluxo absurdo de situações e paixões deixadas pela metade
vagando pelo infinito como ondas minúsculas de desconcertadas imagens,
projetadas na parede branca do universo
desgastadas, desbotadas
A luz apagou...
Com medo de trair meus próprios pensamentos, me desespero...
tua visão se encobre
a poeira de anos de solidão
sobe lentamente
um minuto perfura a eternidade
e cada sensatez se disfarça de crueldade
perfazendo quilômetros de nuances mentirosas de vidas vazias
e a fragilidade sucumbe,explodindo no ar...
Em um piscar de olhos, a luz se apaga e a vida tateia no escuro, esperando o fim.

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