Um dedo toca-lhe a pele
Aperta temerosamente
Ele exprime um vício de linguagem qualquer
de dentro do prato sujo da alma.
_ Não cuspa_ repete-lhe a mulher
Ele engole inexpressivamente aquela migalha de sonho
Acalme-se...
Os olhos,lindos espelhos quebrados...
Estilhaçados.
Vomita as visões que lhe imbuíram
Maltrata a coragem de quem lhe enviou
E as asas à mostra comprovam isso.
O segredo, o sussurro,a revelação...
O medo sopra-lhe o rosto
Enruga-se,grita solenemente mil insultos.
As lentas chicotadas lhe castigam o dorso
As letras desviam-se da poesia
E cai sobre sua cabeça o desalento
A suavidade mórbida de se sentir sóbrio
em meio ao turbilhão de intensos mergulhos à deriva da alma.
domingo, 29 de julho de 2007
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Sonhos
Meu corpo nu,estilhaçando metáforas...
A desilusão me morde o rosto
A consciência sangrando
mil gotas de luz
se derramando.
Percebo seu rosto, seu sangue
sua vida,seus erros...
sua mão,sempre aberta...
o desespero quieto...
minha calma exasperada
defendendo minha alma de um perigo inexistente.
Cru e amargo
Engulo seco,procurando sentido...
Muitas vezes eu dormi, esperando a brutal entrega
dos sonhos
Pressenti a presença etérea de mil vozes cintilantes
flutuando por sobre odores infectos
gritando cores,triturando canções
Meu espírito nu,desbravando paraísos
Explode em minha face a transparência
Deito tranquilo por sobre esse espinhos
enquanto um corvo negro me espreita por entre as frestas da dúvida.
A desilusão me morde o rosto
A consciência sangrando
mil gotas de luz
se derramando.
Percebo seu rosto, seu sangue
sua vida,seus erros...
sua mão,sempre aberta...
o desespero quieto...
minha calma exasperada
defendendo minha alma de um perigo inexistente.
Cru e amargo
Engulo seco,procurando sentido...
Muitas vezes eu dormi, esperando a brutal entrega
dos sonhos
Pressenti a presença etérea de mil vozes cintilantes
flutuando por sobre odores infectos
gritando cores,triturando canções
Meu espírito nu,desbravando paraísos
Explode em minha face a transparência
Deito tranquilo por sobre esse espinhos
enquanto um corvo negro me espreita por entre as frestas da dúvida.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Desejos crus
Aquele acorde tímido
de um violão morto
e a voz breve e úmida
me traz um medo indecente
de morrer.
E quem nasce tem o desejo
inocente e pútrido.
Odeio seu olhar perdido
Meu amor irritante
Em mim vejo manchas de sangue
No espelho somente um sopro remotamente vago
de quem pertiu sem deixar saudades, ou dúvidas.
Nada no bolso de trás da calça,
nemhum cigarro na mão, nem dedos, nem acenos, nada
Aquela tarde sinistra e morna
O Sol escapando por sobre seus ombros
a beleza maldita de um entardecer qualquer.
Um sorriso desaba sobre a tristeza e a valida ainda mais
não subi essas escadas pra ver a paisagem,
nem pra me jogar.
Queria crescer, mas me cortaram as pernas.
Calei-me diante de seus olhos,e eles dispararam correndo por sobre a grama alta do meu pensamento, se escondendo,traindo, revelando.
Me dê a mão, me sonhe.
A solidão é pedra afiada sob a palma da mão
O sangue aquece, embora queime a alma com um leve beijo.
de um violão morto
e a voz breve e úmida
me traz um medo indecente
de morrer.
E quem nasce tem o desejo
inocente e pútrido.
Odeio seu olhar perdido
Meu amor irritante
Em mim vejo manchas de sangue
No espelho somente um sopro remotamente vago
de quem pertiu sem deixar saudades, ou dúvidas.
Nada no bolso de trás da calça,
nemhum cigarro na mão, nem dedos, nem acenos, nada
Aquela tarde sinistra e morna
O Sol escapando por sobre seus ombros
a beleza maldita de um entardecer qualquer.
Um sorriso desaba sobre a tristeza e a valida ainda mais
não subi essas escadas pra ver a paisagem,
nem pra me jogar.
Queria crescer, mas me cortaram as pernas.
Calei-me diante de seus olhos,e eles dispararam correndo por sobre a grama alta do meu pensamento, se escondendo,traindo, revelando.
Me dê a mão, me sonhe.
A solidão é pedra afiada sob a palma da mão
O sangue aquece, embora queime a alma com um leve beijo.
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