Brincando com a sanidade
Equilibrando os pratos.
Tocando cada partícula do tempo com precisão cirúrgica.
Sou eu inteiro, falho,cheio de decepções acolhedoras.
Oscilações, intensidades, desejos, medos, fraquezas, soluções descartáveis e felicidades de aluguel.
Sou meio nada em busca de tudo.
Na natureza morta de um quadro virado de costas, abandonado em um sotão distante, ,valioso e esquecido.
Em meio a tantas quase-mortes, em meio aos tigres sorrateiros...sou cria do paraíso, enlameado dos pés a cabeça.
Nem sei ao certo onde moro,quem sou ou o que represento.
Mas há amor em mim, há a suave calma de pertencer a si mesmo.
E por volta da meia noite o relógio avisará novamente...
E morro outra vez.e ressuscito.
E estou dentro de ti, adormecido e substancial.
E sigo de mãos dadas...com poucas certezas...
Conciso e mudo.